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Abusos sexuais. Conferência Episcopal admite estender prazo para compensações
Afinal pode ficar só para o próximo ano. A Conferência Episcopal Portuguesa admitiu estender o prazo para a atribuição de compensações financeiras por abusos sexuais na Igreja Católica.
A CEP vai fazer o possível para concluir o processo até ao final de dezembro, mas o prazo pode derrapar.
"Gostaríamos que ficasse concluído até ao final deste ano e continuamos a fazer todos os esforços nesse sentido. No entanto, é possível que o prazo se estenda para além do previsto", afirmou o presidente da CEP, José Ornelas, na abertura da 212.ª Assembleia Plenária da instituição, que hoje começou em Fátima.
A reportagem é do jornalista da Antena 1 Joaquim Reis. A Conferência Episcopal Portuguesa (CEP) anunciou no final de setembro ter validado 77 dos 84 pedidos de compensação financeira por abuso sexual na igreja católica.
Para cada um dos 77 pedidos validados foram criadas comissões de instrução - constituídas por duas pessoas das áreas do direito, psicologia e psiquiatria - e, até então, tinham sido feitas 70 entrevistas.
Concluída a maior parte dos pareceres, entra em funcionamento a comissão de fixação de compensação, que "irá determinar livremente o valor da compensação financeira a atribuir".
Entre os sete juristas que compõem a comissão, dois são indicados pela CEP, dois pela Equipa de Coordenação Nacional das Comissões Diocesanas de Proteção de Menores e Adultos Vulneráveis, dois pelo Grupo VITA e um pela Conferência dos Institutos Religiosos de Portugal.